Medo, raiva, alegria e tristeza. O tempo todo, convivemos com as mais diversas emoções responsáveis por modular nossos comportamentos. Por outro lado, nem todas as pessoas conseguem reconhecê-las, nomeá-las e, portanto, lidar com elas de forma efetiva.
As emoções têm o papel de comunicar necessidades, proteger, trazer significados e fazer conexões na vida das pessoas. Saber identificá-las é essencial para manter uma qualidade de vida por meio do equilíbrio emocional.
Para tanto, o desafio não consiste em evitar uma emoção desagradável. Mas, sim em reconhecer essas emoções, aceitá-las e usá-las de maneira racional para evitar sofrimento prolongado para si e para os outros.
O que é desregulação emocional?
A desregulação emocional é entendida como a dificuldade ou a incapacidade do indivíduo de gerenciar a intensidade e duração de suas emoções. Reações imediatas e abruptas (hiperatividade e impulsividade) são as mais comuns. Agressões, gritos, ofensas e choros são alguns exemplos.
Por outro lado, há casos em que a pessoa atinge o controle emocional inicialmente, porém, a longo prazo, pode transferir esse desequilíbrio para outras reações, como a compulsão alimentar, abuso de drogas, automutilação, entre outras.
Um exemplo comum desta dificuldade de reconhecimento emocional é encontrado em quadros de depressão. Geralmente, o diagnóstico deste transtorno é a consequência de um tipo de desregulação emocional com traços disfuncionais. Neste caso, a pessoa expressa dificuldades em identificar algumas emoções positivas.
Desregulação emocional e transtornos
A desregulação emocional pode surgir em diferentes níveis e durações. Ela pode estar relacionada, inclusive, a transtornos comportamentais ligados à falta de controle dos impulsos. Entre os transtornos que apresentam forte desregulação emocional estão:
- Transtorno da Regulação do Processamento Sensorial
- Transtorno do Espectro do Autismo
- Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
- Transtorno Limite da Personalidade (TLP)
- Transtornos de ansiedade
Terapia Cognitiva Comportamental como intervenção
As emoções fazem parte do alicerce da Terapia Cognitiva Comportamental. Com estratégias para monitorar e regular esse desequilíbrio, a TCC auxilia o paciente no reconhecimento de suas emoções e o ajuda a desenvolver formas de adaptação.
Esse trabalho envolve a identificação de crenças centrais e secundárias, as grandes responsáveis pelo enrijecimento dos pensamentos que motivam esse desequilíbrio. A TCC contribui para a reestruturação cognitiva desta pessoa a fim de que ela seja capaz de entender o que e o porquê sente e de que forma ela pode passar a sentir algo diferente (adotando pensamentos mais efetivos e funcionais sobre determinados assuntos).
O CTC Veda é um centro de formação de terapeutas cognitivos-comportamentais. Há mais de 10 anos, a instituição especializa psicólogos e psiquiatras em TCC. Clique aqui e veja a relação de profissionais capacitados para o atendimento nesta abordagem.
0 comentário